domingo, 11 de maio de 2014

Origem dos terremotos no Chile, no Japão e na Califórnia (Estados Unidos)

Os continentes e o fundo dos oceanos repousam sobre as placas tectônicas - gigantescos blocos de rocha, de aproximadamente 100 quilômetros de espessura, que flutuam sobre uma imensidão de matéria fundida. O calor das profundezas da Terra mantém essas placas em permanente movimento.
 Quando duas placas se chocam ou se raspam, elas geram um acúmulo de pressão que acabará por provocar um movimento brusco. Esse movimento fará vibrar tudo o que existe ao redor do ponto de atrito, o epicentro. É por isso que os terremotos costumam acontecer nas bordas das placas tectônicas. O Japão, a Turquia e os países dos Andes estão na zona do perigo.

O reduto do cinema, dos místicos e da indústria dos chips, na Califórnia, está situada bem na fronteira entre duas placas tectônicas, a do Pacífico e a Norte-Americana. É a Falha de San Andreas, uma espécie de cicatriz que se estende por 1 350 quilômetros. Toda vez que a falha se mexe, o chão balança.
O que os moradores da Califórnia mais temem é o grande terremoto, apelidado de Big One, que, segundo os sismólogos, arrasará a região nos próximos vinte anos. O Big One será bem mais violento do que o terremoto que destruiu boa parte de San Francisco, em 1906. Milhões de dólares são investidos a cada ano em obras de prevenção. Mas a natureza é caprichosa. Com todos os cuidados, em 1989, um tremor de média intensidade virou uma tragédia que matou 250 pessoas em San Francisco.

Um em cada 10 terremotos acontece no Japão. É que o país está localizado à beira de uma fossa submarina, com 6 quilômetros de profundidade. Lá, a Placa do Pacífico afunda para o interior do planeta, empurrada para baixo pela Placa da Ásia. O atrito entre as duas placas faz o chão tremer.
Escaldados pelo cataclismo que destruiu Tóquio e Yokohama em 1923, os japoneses se tornaram mestres na prevenção de terremotos. O país possui 120 estações sismológicas, atentas às mínimas vibrações do solo. Do transporte ferroviário às redes elétricas, tudo é projetado de modo a aumentar a segurança em caso de tremores de terra. Mas a perfeição é impossível. Em 1993 um terremoto arrasou boa parte da cidade de Kobe, apesar de todas as precauções.

O Chile é uma das regiões do mundo que apresentam os maiores índices de ocorrência de terremotos, tendo sido impactado com alguns dos maiores tremores já registrados na história, o que revela o quanto esse problema é dramático nesse país.

O Chile encontra-se em uma região de elevada instabilidade geológica, propiciada pelo choque direto entre duas placas tectônicas: a de Nazca, posicionada sob o Oceano Pacífico, e a Sul-americana, posicionada na América do Sul. Não por acaso, além de abrigar terremotos, a região conta com cadeias montanhosas e atividades vulcânicas que, assim como os abalos sísmicos, são consequências da dinâmica da litosfera local.

Origem do vulcanismo na Islândia e Havai

A crosta da Terra tem de 16 a 48 quilômetros de espessura. Por baixo, envolvendo o núcleo da Terra, existe o manto, uma camada de rochas de alguns milhares de quilômetros de espessura. Devido ao imenso peso das rochas de cima, o manto é muito denso e quente. Provavelmente é a pressão que o conserva em estado de fusão. Quando um ponto fraco ocorre na crosta, a rocha superaquecida, situada abaixo, expande-se e torna-se líquida, numa temperatura de mais de 1.100°C. A rocha liquefeita irrompe através da crosta, como um jorro de massa fundida, a lava. Comumente, os vulcões constroem cones, o centro do qual está a cratera por onde jorra a lava.
A grande maioria dos sismos e das erupções vulcânicas ocorrem nas fronteiras de placas. No entanto, há exceções, como é o caso do vulcanismo e sismicidade associada a pontos quentes (hotspots). O caso mais bem estudado de ponto quente é o das ilhas de Havai, totalmente de origem vulcânica, e que se localizam a mais de 3 200km da fronteira de placas mais próxima.
Hot spots são colunas de material quente e/ou magma fundido que vem das profundezas da terra e jorra para a superfície. Existem na Islândia, Havai e em Yellowstone.
O Hot Spot que se encontra em baixo da ilha tem 160 km de largura e mais de 600 km de profundidade. Lentamente a coluna lança rochas a mais de 900° C, isso empurra a crosta terrestre, aquece a terra por baixo e força o magma até à superfície, expelido como lava.
A teoria dos pontos quentes (hotspots) foi divulgada em 1963 pelo geofísico canadiano J. Tuzo Wilson. No entanto, quando foi apresentada, esta teoria foi considerada tão radical que o artigo foi recusado pelas revistas internacionais mais credenciadas, até conseguir ser publicada em 1963 no Canadian Journal of Physics. Apesar deste fato, a teoria dos pontos quentes tornou-se um dos aspectos mais importantes da tectonica de placas.
De acordo com a teoria de Wilson, os alinhamentos de ilhas vulcânicas não associadas a fronteiras de placas são explicados pela existência de zonas relativamente pequenas, persistentes e excepcionalmente quentes que existem sob a litosfera, e que por isso foram designadas por pontos quentes. São estes pontos quentes a fonte de calor e de vulcanismo continuado.
A placa pacífica, desloca-se sobre um ponto quente estacionário, no manto, localizado sob a atual posição da ilha do Havai;
É este ponto quente que proporciona uma fonte persistente de magma, através da fusão parcial da parte da placa pacífica sobrejacente;
Este magma, menos denso do que as rochas consolidades adjacentes, ascende através da crusta constituindo vulcões activos, os quais formam montanhas submarinas que, posteriormente, devido a erupções sucessivas, emergem como ilhas;
Foi revelada a existência de uma cordilheira de montanhas submarinas com mais de 16.000 km de extensão, separadas por uma gigantesca fenda que passa pelo centro do oceano atlântico. Essa fenda é a Dorsal Mesoatlântica que delimita as placas tectonicas americana e euroasiática. No fundo do oceano correntes de convexão de rocha derretida (magma) abrem a crosta terrestre e deixam que o magma se infiltre apartando os continentes. Em 1974, um pequeno submarino oceanográfico conseguiu descer às profundezas do oceano para estudar a fenda. Nessa altura, foi possível constatar os gases vulcânicos quentes a borbulhar no oceano, demonstrando que a dorsal mesoatlântica é altamente vulcânica e capaz de apartar massas de terra gigantescas como os continentes.
Uma vasta planície composta por lava vulcânica ocupa o centro da Islândia, onde grandes fendas dão uma textura fora do comum à paisagem.
A fenda de Thingvellir é a continuação da dorsal mesoatlântica e o mesmo processo que afasta a América da Europa acontece neste local emblemático dos islandeses. Thingvellir e a Islândia estão a crescer cerca de 2,5 cm por ano, existindo cada vez mais fendas na rocha do vale.
Correntes convectivas de rocha líquida empurram e dividem a dorsal mesoatlântica. O magma invade as fendas e preenche-as, pois à medida que se aproxima da superfície endurece e forma nova área.
Quando as placas tectonicas se movem geram ondas de choque denominadas de ondas sísmicas. Estas ondas deslocam-se em velocidades constantes, a não ser que atinjam uma zona de rocha líquida (magma), causando a diminuição da velocidade, como acontece na Islândia. Quer isso dizer que existe rocha muito quente ou material em ebulição por baixo da superfície. É o Hot Spot da Islândia.
Há milhões de anos a dorsal mesoatlântica desviou-se para oeste em direção ao hot spot da Islândia. Quando se encontraram, formaram uma parceria que se mantém até hoje, originando uma força capaz de criar magma em escala monumental e que começou a construir a ilha debaixo da água e empurrou-a para a superfície.
A passagem da dorsal pelo hot spot origina o efeito de descompressão. O Hot spot leva calor do centro da terra para a superfície e também cria fusão, a combinação entre descompressão da rocha abaixo da superfície e o transporte de calor vindo debaixo da terra cria uma grande quantidade de magma.  

Formação das rochas Magmaticas, Metamorficas e Sedimentares

O ciclo das rochas Ás vezes não associamos no estudo da Geografia,ao envolvimento da Química mas é aí que nos enganamos, pois o conhecimento tem como principal objetivo entender como tudo funciona de maneira a se dividir em disciplinas apenas para uma melhor e mais detalhada eficiência na compreensão do que acontece. Como já dizia Lavoisier, Pai da química moderna, na natureza nada se cria nem se perde, apenas se transforma. Em meio a tantas transformações e fatos temos como protagonistas,platéia e agentes principais dessa história de (aproximadamente) 4,6 bilhões de anos e nada mais justo que saibamos um pouco sobre as rochas que assumem papéis tão importantes como constituir a parte sólida de nosso planeta sendo compostas de minerais que são compostos de elementos químicos classificando as rochas em: magmáticas(ou ígneas), sedimentares e metamórficas. Rochas Magmáticas/Ígneas: Rochas que podem ser formar aos poucos no interior da crosta pela solidificação do magma, sendo chamadas nesse caso de rochas magmáticas intrusivas como o granito o sienito e o gabro. Rochas magmáticas também podem se apresentar na superfície por meio de vulcões ou até mesmo fendas na litosfera no estado de fusão denominando-as, nesse caso, rochas magmáticas extrusivas como o basalto e o riólito.
Fontes: http://www.ciencias.seed.pr.gov.br/ Rochas Sedimentares: Algumas rochas sofrem a ação de agentes como o vento,a chuva,a temperatura passam a sofrer ação de um conjunto de fenômenos químicos,mecânicos e biológicos denominamos intemperismo. Quando as rochas passam por situações como esta, elas são transportadas a outros lugares da superfície formando acumulando detritos formando essas rochas denominadas sedimentares.Subdividindo-se em rochas que se formam por meio de processos químicos como o arenito. E as que se formam por meio de restos orgânicos (restos de animais e vegetais).
Rochas metamórficas: Rochas que se formam a partir de transformações ocorridas a partir de qualquer outro tipo de rocha. Fontes:Livro Geografia-Conexões partes 2 –Editora moderna

Conteúdo extra, video National Geographic ''A Origem do Planeta Terra''


Escala geológica do tempo

Nosso Planeta e sua escala de tempo geológico

Da mesma maneira que a história do homem encontra-se dividida em séculos, anos, meses, dias, horas e assim sucessivamente, a história do nosso planeta de ''apenas'' aproximadamente 4,6 bilhões de anos, também precisou ser dividida em períodos separados de acordo com evoluções de processos geológicos que ocorrem ao longo de milhões ou até mesmo bilhões de anos. Escalas de tempos que por serem tão longas, são chamadas na Geografia de tempo profundo. Por isso que para entendermos a formação de nosso planeta, precisamos entender sua história por meio desses longos processos apresentados na tabela abaixo.

sábado, 10 de maio de 2014

Origem das Tsunamis

Tsunami, denominação derivada do japonês que significa onda de porto.
Em geral, um Tsunami é formado a partir de anomalias que provocam deslocamentos de uma enorme massa de água como terremotos, deslocamentos de massa continental, erupções vulcânicas ou meteorito, esse fenômeno pode surgir sempre que ocorrer acidentes geológicos de forma repentina na superfície marinha, que faz deslizar de forma vertical a massa de água.
Grande parte dos Tsunamis ocorre no Oceano Pacífico, no entanto, nada impede que aconteça em qualquer lugar e hora. Os Tsunamis são ondas gigantescas, existem estimativas de ondas com mais de 30 metros de altura e velocidade incrível de mil quilômetros por hora, a formação de grandes ondas ocorrem também a partir de terremotos continentais, um exemplo disso foi o Grande abalo sísmico do Chile, que resultou em mortes no Havaí, que, apesar da distância, foi atingido por ondas que migraram pelo Pacífico. Esse fenômeno natural é um perigo real e em muitos casos é difícil de prever, quando acontece certamente produz uma grande destruição, além de inúmeras mortes, diante disso é de fundamental importância a dispersão em todos os oceanos de equipamentos e sondas para identificar possíveis abalos e assim evacuar áreas para que pelo menos vidas humanas sejam poupadas, uma vez que prejuízos financeiros são inevitáveis nesse caso.

Tsunami no Chile

Origem das grandes cadeias de montanhas do Andes e do Himalaia

Como já sabemos, toda a superfície da terra é formada por placas tectônicas, essas placas flutuam sobre uma camada de magma que se mantém em movimento constante, causando assim também a movimentação das placas tectõnicas, um movimento geologicamente falando, muito rapido, centimetros por ano, para um ser humano este movimento não faz diferença (devido a sua vida não prolongada), mas ao passar de séculos a pressão gerada pelo movimento de uma placa tectônica contra a outra, gera montanhas, chamada de dobramentos, um exemplo dessas ações são o Himalaia e a cordilheira dos Andes.
A origem das cadeias de montanha é pela pressão causada nas placas assim uma pode subir em cima da outra causando uma elevação no relevo, e essa pressão é continua, então as cordilheiras do Himalaia e dos Andes tem tendência a continuar aumentando de tamanho.

Cordilheira do Himalaia

Origem das Fossas Abissais

Fossas abissais ou oceânicas são áreas de depressão e profundas do piso submarino. Podem apresentar grande prpfundidade, porém são estreitas em largura. Essa área do relevo oceânico pode atingir até 11 km de profundidade. A temperatura nas fossas oceânicas são baixas, variando normalmente entre 0 e 2 graus. A maior das fossas oceânicas conhecidas é a depressão Challenger, na Fossa das Marianas, e apresenta 11033 metros de profundidade (a fossa das Marianas localiza-se a leste do arquipélago das Filipinas). As fossas se formam nas chamadas zonas de subducção, trechos da crosta terrestre onde as placas tectônicas colidem, e uma delas entra embaixo da outra. Assim forma-se uma grande depressão no solo submarino. Um perfeito exemplo deste fenômeno é a Fossa do Atacama, próximo a Peru e Chile, que resultou do choque entre uma placa continental sul americana e a placa oceânica de Nazca. Ao contrario do que se possa imaginar, há vida nas fossas abissais, em maioria moluscos, esponjas, anêmonas do mar e uma variedade de peixes cegos (peixes abissais). A pressão nos locais onde vivem estes animais é tão grande que poderia esmagar até uma baleia. É um ambiente de total escuridão onde muitos dos animais alimentam-se de restos e cadáveres dos peixes das camadas superiores. É no Oceano Pacífico ocidental que se encontra o maior número de fossas, sendo também estas as mais profundas, com seis delas superando os 10000 metros de profundidade. A curiosidade destas depressões é que elas não se localizam em um ponto ao centro de cada oceano, porém junto às costas das ilhas vulcânicas e continentes. A sua existencia é compreensível através da teoria da tectônica de placas e da deriva dos continentes.


Estrutura interna da terra

O planeta terra assim como outros planetas rochosos, é divido por camadas. A Terra, é dividida em 4 camadas.

A primeira camada é a Crosta, preenchida por rochas e atinge aproimados 70 km de profundidade.

O Manto é a segunda camada, onde é composta por magma e atinge aproximados 2900km de profundidade.

A camada a seguir é o Núcleo Externo, que é liquido e atinge até 5150 km.

Por ultimo há o Núcleo interno e sólido, que atinge 6371 km de profundidade.

Teoria da Deriva Continental

Esta teoria foi feita pelo alemão Alfred Wegener, onde ele disse que há aproximadamente 200 milhões de anos atrás havia apenas um mega continente, chamado Pangeia e um oceano que o envolvia chamado Pantalassa.

Após milhões de anos, a Pangeia foi se separando em dois gigantes continentes, a Laurásia e a Godwana, e dai em diante os continentes atuais foram tomando mais forma. E foi constatado que a America do Sul continua se afastando da Africa.

O que levou Wegener a montar essa teoria é que já foram encontrados fósseis de animais da mesma espécie na África e na America do Sul, sendo que seria impossivel eles terem atravessado o oceano. Outro fato foi que os dois continentes se encaixam perfeitamente.

Teoria da Tectônica de Placas

De acordo com a teoria da Deriva Continental, a crosta terrestre é uma camada rochosa descontínua, que apresenta vários fragmentos, as placas tectônicas. Essas placas compreendem partes de continentes e o fundo dos oceanos e mares.

As placas tectônicas são gigantescos blocos que integram a camada sólida externa da Terra, ou seja, a litosfera (crosta terrestre mais a parte superior do manto). Elas estão em constante movimentação (se movimentam sobre o magma do manto), podendo se afastar ou se aproximar umas das outras.


As placas tectônicas são: Placa do Pacífico, Placa de Nazca, Placa Sul-Americana, Placa Norte-Americana, Placa da África, Placa Antártica, Placa Indo-Australiana, Placa Euroasiática Ocidental, Placa Euroasiática Oriental, Placa das Filipinas.

Introdução

Este blog de geografia terá como temas:
- Escala geológica do tempo;
- Teoria da deriva continental;
- Teoria da tectônica de placas;
- Estrutura interna da terra;
- Origem dos terremotos no Chile, no Japão e na Califórnia (Estados Unidos);
- Origem do vulcanismo na Islândia e Havai;
- Origem dos tsunamis;
- Formação das rochas Magmaticas, Metamorficas e Sedimentares;
- Origem das grandes cadeias de montanhas do Andes e do Himalaia;
- Origem das fossas abissais